Percalços
Esta contrita, chora o valor e o peso de suas decisões.
Além do tempo escuro, céu chumbado, sente saudades,
De quando sorria livremente, dos sonhos de criança,
da inocência perdida num remoto tempo.
Aspira à felicidade d'antes, como fôlego a continuar,
Recorda as luzes, altitudes alcançadas o livre voar,
O doce sabor dos favos de mel, a síntese colmeia dos céus.
Quer retroceder o tempo de jaz... E lá permanecer, ficar!
Seu grito ecoa das íntimas entranhas à razão...
Razão que verbaliza o ser, estar, transcender e se lavar.
Com vestes alvas deseja se cobrir, em banho de luz refletir.
Seus erros fazem parte do aprendizado...
Eles também se confraternizam! Brindam em taças de vontades,
Que saciadas num momento, acrescentam um valor escuso.
Moeda espiritual de estranhos carácteres, indecifráveis...
Sem cara, nem coroa, qual se compra infelicidade, amargor!
Movimenta-se em conta corrente, presente, extrato inconfundível,
Tanto em saques e nas compras, o saldo esta negativado. Necessita ser saudado em tempo hábil, d’um fechar d’olhos,
Do parar de um compasso coração, d’ofegante respiração...
Minh’alma caminha, procura o brilho da pérola que perdeu,
Para poder apaziguar os lamentos e encerrar o cenário atual,
E representar o verdadeiro brilho, qual nunca se esqueceu.