Abri a porta
Estou sentindo agora uma sensação estranha.
Uma espécie de vertigem.
Parece medo! Um “cortar de umbigo”.
Afinal, pode ser que eu esteja agora,
Me desfazendo de um espaço só meu.
Cheio de quinquilharias, trapos, lamparinas,
Cicatrizes, saudades, baús, relógios, sanfonas,
Garrafas, bonecas, amores, (...)
Acho que o meu medo é que não consiga
Viver longe de tudo isso. Pois eles agora, são seus.