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LIBELO*
 

Eu falar de impunidade,
queira o País ou não queira,
é montar na insanidade
– embarcar numa besteira.
 

É pior do que coceira,
a mais vulgar, na verdade,
eu falar de impunidade,
queira o País ou não queira.
 

Sem justiça o que se há-de
esperar da pasmaceira
das leis de uma autoridade?
Concluo ser mais cegueira
eu falar de impunidade.
 
Fort., 28/01/2013.
 
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(*) SOLIDARIEDADE // O País e o mundo inteiro esperam que a tragédia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, ocorrida na madrugada deste domingo, 27, não caia na velha, deslavada e famigerada impunidade, mercê das leis boazinhas e de geleia desta gigantesca nação da impunidade.
 
Os culpados pela interrupção da juventude e do futuro que se vislumbravam brilhantes de duzentos e muitos moços, além das dezenas de feridos e intoxicados que ainda lutam pela vida, nos hospitais, quase todos universitários, devem ir mofar na cadeia.
 
Por convicção e comprovação em face da prática da benevolente jurisprudência brasileira, sei que eles, míseros irresponsáveis e culpados, não pagarão por sua irresponsabilidade, como tantos que causaram catástrofes e não foram a confinamento nenhum.
 
Nossa mais profunda e veemente solidariedade às famílias que perderam seus entes amados em um fatídico incêndio, na arapuca da espelunca de uma boate, sem a mínima condição de funcionamento.
 
Quero, com propriedade, aqui repetir as palavras de Abraão Lincoln, ditas a uma desditosa mãe que perdera dois filhos na guerra entre o Sul e o Norte: “Sinto quão débeis e inúteis sejam quaisquer palavras minhas que tentem consolá-la”.
 
Mesmo assim, com grande desolação, a nossa solidariedade a todos os irmãos gaúchos e, em especial, ao enlutado e inconsolável povo da cidade de Santa Maria.
 
Um abraço fraternal, indo até ao âmago da alma.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 29/01/2013
Código do texto: T4110977
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