Nosso amor nas ribanceiras do rio da saudade!

Saudades daquele rio de águas cristalinas;

Há e a sua imponente ribanceira;

E as nossas brincadeiras;

Não nos importavámos com suas corredeiras;

Há quantas vezes descendo lentamente;

E em outras vezes bem ligeiras correntezas;

Quando escorregadio só nos restava ficarmos agarrados;

Nas grandes toças das canavieiras;

Para não sermos arrastados pelas pirracentas corredeiras

Muitos passarinhos ciscava em sua margem;

Acabando de tecer seus ninhos sempre entre as ramagens;

Como era gostoso ouvir aquele barulhinho;

Encantador e reconhecido das folhagens;

Neste rio havia muitas pedras mas nenhuma comprometia a vida;

Não há força a ser contida no lugar da grande queda;

Há quanta saudade incontida rio das pedras caídas;

La do alto da montanha vejo a floresta crescer;

Este rio sabe sabe a artimanha pra fazer terra umedecer;

Este rio da saudade é na sombra que ele ganha;

Muita força pra água nascer e aos poucos escorrer;

Ali alegre os passarinhos farão ninhos;

Unindo aos outros animais também;

Chegará também perigoso porco-espinho;

Junto com eles lá vem a capivara também;

Todos estão vindo, vem vindo e não vem sozinho;

Muitas águas vão encontrar e pra todos fartura tem;

E nós dois ali veremos tudo depois de banhar nesse rio;

Caminharemos pela relva verde e o macaco passear;

Passear livre por toda mata virgem e não ficar preso na rede;

Este rio possui uma linda camada de areias claras;

Em suas redondezas hoje pode até plantar;

Pois possui uma planície que surgiu;

Até sementes pra germinar.

Nele hoje está na minha alma o rio que eu adoro;

E é aqui nesta vida calma que me encontro meu bem pra me amar;

Muitas horas há em que a gente não tem vontade de ir embora;

Só uma coisa nos acalma saber que podemos voltar a qualquer hora;

Essa bendita felicidade que há em torno de você;

Sei também que a minha eternidade permite contigo viver;

Vou dizer que esse rio foi criado pra nós dois vivermos sentados;

Em suas ribanceiras em períodos de estio;

Nesse rio nossa mocidade nunca conheceu a desilusão;

Encontrou uma verdade nosso amor que é eterno;

Nele sua foz não sofre de solidão esse rio é a saudade;

Que no coração ficou gravado de lindos momentos;

Que por nós dois foi bem vivido com este amor intenso;

E o amor sempre quer voltar ao mesmo lugar onde começou;

E este nosso amor começou nas margens desse rio da saudde;

Escorregando nas ribanceiras deste rio e de mãos dadas;

A gente não se desgrudava;

Mayra sissa
Enviado por Mayra sissa em 17/11/2012
Código do texto: T3991004
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