PARTIDA
Muitas vezes me perguntei o que seria perder alguém em definitivo! Achava que não suportaria, que a morte seria injusta demais e que nada sanaria a dor deixada! Questinava o por quê de se encerrar uma vida, principalmente, de um ente tão próximo. Talvez, o egoísmo, mesmo sabedor que, na vida temos mais perdas e que um dia alguém há de nos deixar, ou deixaremos alguém, não nos permite observar os ensinamentos, a importância de cada um na vida do outro, mesmo que esse tempo tenha sido curto, mas de fato foi o suficiente para enxergarmos o mundo em conjunto, e assim, nos tornarmos pessoas melhores! De fato, a morte leva muito de nós, ao mesmo que deixa na lembraça aquilo que precisa ser reprisado, coisas tão simples que em vida não davamos tanta importância como: a forma de andar, de falar, o sofrimento, as alegrias divididas e somadas, o choro incontrolado, as gargalhas, as brincadeiras, enfim, tudo hoje tão simples e prazeroso que não era visto com tanto teor! Portanto, essas marcas jamais são esquecidas, é como se o pensamento se congelasse no momento da partida, e por mais que os anos passam, por mais que caminhamos, esse registro não se apaga, pois parte de quem se foi sempre permanecerá protegido pelo o que o homem ainda tem de melhor; o amor verdadeiro e blindado com a esperança de um reencontro mais fraterno!
07, de setembro de 2008.