Lembranças!

Não quero me lembrar de você como alguém que me machucou, me feriu, me fez chorar às escondidas, me fez querer fugir, me esconder, desaparecer. Quero sim lembrar de você como alguém que eu amei, como alguém com quem eu aprendi a amar, aquele por quem eu quis dar meu melhor. Pra ver sorrir, pra fazer sonhar, pra fazer desejar sempre ficar junto. Por um instante creio que essa era sua vontade. Mas que ironia não? As promessas foram muitas, as mais diversas. E nenhum de nós conseguiu levar adiante aquilo que um dia, juntos, prometemos que faríamos um ao outro. Hoje me restam as lembranças. Às vezes algumas lágrimas. Quando a solidão me sufoca, me remete a nós e nada mais me importa. Mas com tanto amor, tudo ainda me importa. Importa que eu te esqueça, te supere, me liberte. E, enfim, possa me entregar ao novo, ao desconhecido, ao surpreendente. Para então todo esse amor tomar um novo rumo, encontrar um novo caminho; escrever uma nova história. Sem as preocupações dos obstáculos que surgirão. Pra enfraquecer? Não. Pra solidificar ainda mais tudo isso o que quero, espero, e que se tornaram as razões para me manter em pé em busca de tudo aquilo que eu, agora mais maduro, ainda acredito.