O papel

As vezes é assim, a contece...

Tenho sede de falar

E as palavras são difíceis de as arrancar do peito

E fico aquí

Eu, de caras com o papel nú e caneta em riste

Até que sem mais poder fazer, pouso-a

Resta-me muito por dizer

Resta muita lágrima por deluir

E sentimentos por partilhar, olhares por dividir e vozes por ouvir

E falta-me em fim, a esponja, a almofada, o ombro que me consola

Fico só e ouço a voz da solidão, o grito do silêncio e a companhia de ninguém

Eu mais eu somos um total de só

Albano Jone
Enviado por Albano Jone em 19/06/2012
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