Saudade dolorida demais
Saudade de um filho lindo, criança que está longe do seu pai,
muitos e muitos quilômetros distante,
pensamentos que invadem o choro amargo,
ainda bem que Deus está olhando por ele,
enquanto meu filho estuda para saber das coisas,
crescendo longe de seu pai,
poderia também ter vontade de estar com muitas pessoas,
e, sim, com minha querida mãe, e com meu querido pai,
que dormem num sono profundo hoje,
o vento que soprou os levou numa viagem desconhecida,
os tufões arrastaram as existências deles,
pobre pai, pobre mãe,
ai, saudade, saudade,
da criança minha, amado filho que está longe de seu pai,
tão benquisto por muitos de minha família,
desde bebezinho era como um nobre,
e agora é orgulho meu ainda,
único, mas que vive longe de mim,
só ouvir pelo telefone é pouco,
ai, meu filho, graças a Jah está bem pelo menos!
mesmo distante milhas e milhas.
e saudade da Dona Iracema, que era tão incomum,
que dizia que alguns só dariam valor quando ela partisse,
saudade do meu pai, Levy,
saudade da minha infância, quando tinha muitos sonhos,
e que sempre estava brincando de tanta coisa,
uma multidão de colegas, na escola, no futebol,
em nadar em lagos e piscinas,
na própria rua, saudade da primeira paixão,
que me fez ter vontade de ser romântico um dia,
saudade, muita saudade,
das amizades de longa data,
gente que conheci desde primórdios,
e que agora são indivíduos importantes para mim,
saudade dos meus brinquedos,
improvisando qualquer objeto para ser assim,
de um tempo que parecia ter mais encanto,
e saudade dos animais de estimação que tive,
os felinos que viveram em casa,
e os cães que já não são mais,
em destaque o Leão, o Black,
a Oncinha, e o gato preto e branco que não tinha nome,
e a Sequoia, a Sandy, a Quasar,
a Órion, o Sulo, o Xiquinho, o Cherry,
e por muitos outros, incluindo o Robe,
que pertencia a minha irmã,
e mesmo o gatinho da Simone,
que recentemente sofreu muito,
e já foi descansar.