Outono e Saudade

No divagar de alguém que repousa num fim de tarde, os outonos despertam a nostalgia, relatos dos anos adormecidos em carícias e brisas no rubro das folhas de caquizeiros colorindo a vizinha lembrança. Poesias que a aurora dos dias traz e leva tal um carrossel com as cores que marcam a existência.

Os outonos são assim, ternos, como o silêncio aveludado de um por do sol, o crepúsculo das estações, que orbita nossa vida como a fronteira entre o sol do verão e a enluarada noite do inverno.

Quem dera fosse a legendária araucária pousada, soberana e bela, que tantos outonos viu com seus majestosos olhos de eternidade, quem dera versos fosse, para delinear teus encantos, eternizando teus momentos quais as lembranças em algum divagar ao entardecer!

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 19/03/2012
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