PERDENDO-TE
Te sinto escapar entre os dedos
Qual areia apertada na mão
Te sinto mais distante de mim
Teu perfume, não sinto mais no ar,
Nem o som dos seus passos
Consigo recordar.
Te sinto tão longe...
Quero a volta dos ponteiros do relógio
Quero de volta os dias da última primavera
Quero ter tudo o que um dia tive
E hoje já não tenho mais.
Quero-te!
Não aceito te perder assim,
Mas se a vida te afastar de mim
Quero, então, ser o mar,
Para te abrigar em meus braços
E deslizar pelo teu corpo
Com o carinho da minha mão.
Quero ser as palavras proferidas por teus lábios
E sentir teu beijo em cada sílaba ditada.
Quero ser o suor
Que poreja do teu corpo,
Essência que brota do fundo do teu ser
E que nasce de teus poros nos momentos de calor,
Do calor do amor.
Quimera maldita...
Foste embora de mim
Deixando-me sozinha com minha dor.