Para o tempo.

Tenho pra mim uma miragem sua.

Na verdade sem bem ao certo o que dizer, guardo dentro de mim uma saudade que vem me visitar no calar da noite, que canta pra que possa dormir "melhor", me fazendo ter os sonhos mais deliciosos, acordando de um paraíso que provavelmente qualquer ser humano deve vir a recusar/acreditar.

Uma sensação de um encontro que demora pra acontecer, um encontro que está escrito.

Te escrevo na verdade, para que, quem sabe eu consiga entender melhor essa relação entre esses espaços contínuos e não determinados a qual eu me encontro e de que alguma forma busco encontrar em você, essa sensação que tenho de que se encontra o tempo todo perto de mim, me olhando, me cativas com seus olhos, lindos olhos.

Essa ligação unica que propicia apenas a mim, instantes que não acontecem, sonhos de olhos abertos, caminho já percorridos, fotos passadas, medos presentes, lagrimas....

Sim, eu falo do tempo, embora tenha escondido até aqui tudo o que eu sinto de verdade pelo tempo da minha vida.

Essa sensação que eu digo, que me machuca, que me incomoda é que de alguma forma o tempo a qualquer instante poderá me esquecer, mas eu de forma alguma, sem nenhuma forma matemática, sem nenhuma filosofia pura, poderei esquece-lo, porque ele a cada minuto passa por mim, respirando alto, imagem psicodélica.

Recordo fatos antigas, amores que estão presentes até hoje na minha vida e que nunca vão embora, então ele me aprisiona, adormece minhas paixões , me faz (des)conhecer meus aspecto físico refletido no espelho a cada manhã.

O tempo me vigia, querendo aprender como é que eu morro de amor pra tentar reviver.

Gabriela Carvalho
Enviado por Gabriela Carvalho em 19/10/2011
Código do texto: T3286554
Classificação de conteúdo: seguro