Às vezes, pessoas somem.
A arte da viajosidade, procurando o significado do vócabulo que só nos temos mas todos sentem: saudade.
Às vezes pessoas somem.
Às vezes pessoas somem. Somem das nossas vidas, ou de um lugar, ou da vida de outra pessoa em especial. E todas vezes que a outra pessoa considerava a que sumiu muito especial ela sente tanta falta quanto se o próprio oxigênio tivesse sumido. A única diferença é que quando o oxigênio some por muito tempo, você morre sufocado. Quando a pessoa especial some, você fica eternamente ou por um tempo equivalente com essa sensação de sufocamento. Às vezes pessoas somem, e as que ficam nem tem direito a pelo menos tentar esquecer, pois para esquecer é preciso antes lembrar. E lembrar de algo importante com todas as suas forças supera todo desejo de esquecer. Às vezes pessoas somem, e só aí percebemos o tamanho do buraco que existe na ausência delas. Às vezes pessoas somem, e relembramos que solidão é sentir falta de um no meio da multidão, pessoas somem, e te deixam chorando, mas talvez não foi por querer, ou talvez foi, e o talvez você talvez nunca saiba, por que as vezes pessoas somem, e tem vezes que elas não voltam. Às vezes pessoas somem, e as lágrimas caem de várias formas, caem em prosa, poesia, música, recolhimento completo, depressão. Tudo é lágrimas as vezes. Às vezes pessoas somem. E as vezes, às vezes, são muitas.
Dark, o Yang. Em nome de Dija Darkdija, que às vezes também some.
Quantas das pessoas que às vezes sumiram voltaram?