DIA DE FINADOS
Os latinos, que pastoreavam seus rebanhos nas sete colinas, onde mais tarde se fundou Roma, cultuavam como deuses a seus antepassados mortos, fazendo rituais particulares ou em festivais especiais. Os cristãos seguidores dos ensinamentos de Cristo não se relacionavam com os mortos, crendo na ressurreição num dia de juízo para toda a humanidade, mas rejeitando qualquer doutrina que implicasse em imortalidade da alma, como os adoradores de ídolos criam. Para os cristãos, os mortos eram como em Deuteronômio 9:5 a 10, sem qualquer consciência, inexistindo completamente até o dia do juízo final.
Com a fusão da Igreja cristã com o Estado romano, em 321 d.C., os cristãos fizeram concessões à doutrina pagã romana herdada dos latinos e da variedade de povos e cultos de Roma. Então tornaram-se supersticiosos como os romanos, adotando o costume de falar com os antepassados mortos junto a túmulos, como católicos, luteranos e alguns outros fazem ainda, levando-lhes comida, flores e acendendo velas; contando-lhes suas vidas, pedindo atendimento, intercessão e favores, dedicando a isto também um dia grande, como no ritual e festival latino.
Wilson Amaral