*DESAPARECIDA... "NAIR DE CARVALHO REZENDE"

Era 11 de Setembro de 2009 as 9:00hs da manhã numa sexta-feira na cidade de Lavras MG. Na porta do Banco do Brasil em frente a praça, quando Nair de Carvalho Rezende 37 anos, loira, cabelos claros, olhos verdes, 1,66 e 60 Quilo, casada mãe de dois meninos, um de sete anos outro de treze anos, quando ela desapareceu misteriosamente e até hoje um ano e um mês não temos nenhuma notícia.

Nair é a décima filha de uma família grande de 11 filhos do casal Isaias e Lenir.

Sempre foi uma menina alegre, brincalhona, comunicativa e extremamente linda.

Casou com 18 anos, mas nunca deixava de visitar os pais todos os dias, mesmo depois que foi para outra cidade. Ela com um filho nos braços outro pequeno andando agarrado a ela com sacolas, bolsas, seja de ônibus carona fizesse chuva ou sol lá estava ela andando a pé durante uma hora e meia em estrada de terra para passar o final de semana com os pais (mãe, depois que ficou viúva).

Antes de seu filho mais velho nascer ela teve uma menina que veio ao mundo com graves problemas de saúde a qual veio a falecer após 12 dias de vida. Nair passou com a filha todos os dias no hospital sem alimentar direito sem dormir mal acomodada, mas não abandonou a filha. Ela disse que a filha levou parte dela quando partiu.

Tempos depois veio um menino que sobreviveu, mas tinha muitos problemas de saúde quando bebê fazendo-a uma mãe muito preocupada e presente. Graças a Deus ele superou e hoje é forte, inteligente, saudável.

Após alguns anos outra gravidez uma outra menina, uma verdadeira princesinha, onde seus olhinhos azuis expressava tudo que há de belo numa criança, Nair chamava-a de “minha bonequinha” essa linda menina nasceu também com graves problemas de saúde

nem chegou a ir pra casa teve que ser transferida para um hospital em Belo Horizonte onde viveu até três meses. Nesses exatos três meses a Nair não saiu de perto da filha, passando por várias necessidades como; Frio, fome, sentindo dores pós parto e se acomodando em qualquer canto do hospital que a filha estava, mas aos três meses, a dor da perda tomou-a novamente.

Durante anos após a morte das filhas todos os dias dos finados Nair ia ao cemitério levar flores para suas meninas e derramava lágrimas que só quem perde um filho para saber o gosto.

Após algum tempo veio-lhe seu filho mais novo, com muitos problemas de saúde também! Pra começar no terceiro dia de vida ele teve que fazer uma transfusão de sangue pelo cordão umbilical depois de muitas lutas com esse filho, ele sobrevive, mas sempre com muito cuidados, remédios, consultas e internações onde Nair saia qualquer dia qualquer hora com para levá-lo ao médico.

Nair morava com seu marido, seus dois filhos e sua mãe de 72 anos. Estava tomando remédios ante depressivos, vivendo entre altos e baixos dessa vida ingrata a que vivemos. No dia do desaparecimento, ela estava vindo da escola onde tinha deixado seu filho mais novo, estava vestida de bermuda e camiseta de chinelos, quando passou na casa de uma das irmãs. A irmã disse: - Estou indo a Lavras ao Banco. – Posso ir com você? Faz tempo que não saio, disse Nair.

- Pode claro, respondeu a irmã. – Então Nair ligou para o marido e perguntou se podia ir com sua irmã em Lavras, que ia ser rápido e ela voltaria para fazer o almoço, pois era oito horas da manhã ainda... O marido disse que por ele tudo bem. Então Nair vestiu uma calça Jens da sobrinha uma blusinha branca, e calçou os tênis brancos também da sobrinha, ela só estava com telefone celular, documentos e dinheiro ficou em casa e não dava tempo de ir buscar, elas tinham que correr para não perder o ônibus. Foram as duas como sempre andavam rindo brincando, conversando...

Chegando lá andaram um pouco até a hora da Agência abrir, e quando a irmã disse que ia entrar e pegar uma fila "pra variar"... Nair disse que ia ficar lá do lado de fora pois ia fumar.

A irmã entrou não demorou pouco, quando saiu não viu a Nair, olhou para os lados e nada, esperou um pouquinho, pensando que ela deveria ter ido em algum lugar

E ia voltar logo, mas o tempo foi passando, ela não aparecia... Então a irmã ligou para o telefone dela que chamou, chamou, chamou... Quando alguém tendeu a irmã disse: - vem que estou esperando para irmos embora, nisso não disseram nada e o telefone desligou, a Irmã dela tentou novamente, chamou, chamou, e desligou, então a irmã resolveu enviar mensagens, dizendo que estava esperando que tinham que ir embora, e Nada... Quando foi de tarde a irmã dela estava já cansada de esperar e procurar e desesperada por não achá-la ligou para a família e disse para a mãe o que havia acontecido, a mãe disse: - minha filha já é tarde você está ai o dia todo vem embora, aqui a gente vê o que fazer. E nisso se passou a noite toda e todos os filhos foram comunicados e juntos na casa da mãe filhos, noras, genros, netos, sobrinhos, amigos, vizinhos, todos com telefones, carros acionaram a polícia e começamos a busca, busca que durou meses a fio... Qualquer pista, qualquer telefonema, qualquer coisa estávamos lá averiguando e nada. Os filhos sofrem a cada dia a falta da mãe que sempre foi tão presente e amorosa na vida deles. Os irmãos choram todos os dias por falta dessa irmã que muito amam, a mãe dela está com seus 73 anos, uma mulher forte guerreira, que já passou por tantas dores e lutas na vida, está de pé por fé de ver a filha de volta, mas só mesmo Deus para saber o que essa pobre mãe está sentindo dentro do peito.

Esses dias mesmo ela andou muito doente, pois assim que fez um ano do desaparecimento da filha, e nada de notícia parece que ela perdeu a vontade de viver.

Obs: Hoje 14 de maio de 1919 estamos próximo de completar 10 anos do seu desaparecimento e todos nós familiares e amigos ainda não perdemos a esperança de saber o que aconteceu com ela, principalmente seus filhos que tem 16 e 23 anos e sua mãe que se encontra acamada com algumas complicações de saúde esta com 82 anos.

Quem souber de algo ajude-nos Por favor!

Lediene Nunes.

Lee Nunes
Enviado por Lee Nunes em 10/10/2010
Reeditado em 14/05/2019
Código do texto: T2549467
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