Nostálgica passagem
Aqui tudo existiu um dia,
Mas agora só escombro.
Pedrada de gelo a gelar
O meu já gélido ombro.
Nesta noite escura e fria
E a recordação de meu lar.
Meus pais, e meus irmãos,
A serenata e o velho violão
E, tantas cantatas ao luar...
O Joca com a viola na mão.
O Carlos, poeta a declamar...
O Sansão de estimação a ladrar.
Eis o choro de emoção ao recordar.
Desta vida resta a velha história
No recôndito oculto da memória.
É a vida corriqueira de passagem,
Por um sonho nesta bela paragem
De divina ilusão, linda e passageira.
Por isso é bom sonhar com o lugar
Para as velhas nostalgias desaguar.
E, não esquecer que esta vida é ligeira...
Só há história, se houver recordação.
Então vamos recordar de tempos bons...