Um antes, um depois (Assassinato na Rua Sete)
Corpo queimado no fosso
Um mau cheiro, mau gosto
E o pranto, o desgosto
de quem quer voar
São quatro horas da tarde
E o barulho, o alarde
A busca de um covarde
Faz noite virar
O silêncio cá impera
E a cada primavera
A contagem que gera
Números pra exaltar
Mas o sol já não perdoa
Madruga se não voa
E o arroz da patroa
Não pode faltar
Aquele carro quadrado
Preto, prateado,
Leva outro pecado
Que não vai voltar
Fim do circo deste dia
Volta então a alegria
Pois já se sabia
Como iria acabar.