Mi Manchi
Envio a todos a mais recente apresentação em Power Point Slides, que está em E-Livros/PPS, chamada SAUDADE, que poderão acessar POR ESTE LINK AQUI.
Utilizei um texto de Clarice Lispector (1920/1977), que para mim é a escritora que mais soube usar básicas palavras para dizer coisas profundamente verdadeiras e atuais.
O texto, uma poesia, foi extraído do livro que foi lançado em 1984, intitulado "A Descoberta do Mundo", que reúne crônicas dela publicadas entre 1967 a 1973, quando a mesma tinha uma coluna no Jornal do Brasil.
Muitos artistas enaltecem a saudade, mas para mim Clarice pode ser considerada a voz feminina que traduz em plenitude o amor - e o sofrimento que ele nos traz.
Apesar de saudade ser universal, apenas na língua portuguesa ela é expressa apenas em uma palavra, que significa exatamente este sentimento. Mas saudade é saudade - todos a sentem em qualquer lugar do mundo...
Eu já a senti muito, quando perdi familiares, quando perdi amigos, quando perdi passados felizes. E, mesmo que possa parecer incoerente, apesar de recentemente ter rompido com uma relação que me chegou na curva perigosa dos 50 e continuou na reta até cair de um precipício, eu não fiz este trabalho nostalgicamente inspirada, mas, sim, inspirada na música Mi Manchi (minha falta, minha saudade), cantada por Andrea Bocelli, e em imagens da minha amiga Lina Marano, uma entusiasta em fotografia.
Por que eu não sinto saudade?... Porque saudade é perda de algo que nos gratifica. Quem sofre de saudade por quem não existiu realmente, por situações falsas, não está sentindo saudade, mas está sendo masoquista. Hoje eu sinto é decepção, o que não chega a ser arrependimento. Consegui através de muita depressão, dúvidas e descobertas infelizes, a transportar isso tudo a meu favor.
Embora menos confiante no ser humano, até mais fria e menos ingênua, eu tento e tentarei sempre aproveitar tal experiência para melhores e mais honestos amores.
Leila Marinho Lage
25 de março de 2010
http://www.clubedadonameno.com
Envio a todos a mais recente apresentação em Power Point Slides, que está em E-Livros/PPS, chamada SAUDADE, que poderão acessar POR ESTE LINK AQUI.
Utilizei um texto de Clarice Lispector (1920/1977), que para mim é a escritora que mais soube usar básicas palavras para dizer coisas profundamente verdadeiras e atuais.
O texto, uma poesia, foi extraído do livro que foi lançado em 1984, intitulado "A Descoberta do Mundo", que reúne crônicas dela publicadas entre 1967 a 1973, quando a mesma tinha uma coluna no Jornal do Brasil.
Muitos artistas enaltecem a saudade, mas para mim Clarice pode ser considerada a voz feminina que traduz em plenitude o amor - e o sofrimento que ele nos traz.
Apesar de saudade ser universal, apenas na língua portuguesa ela é expressa apenas em uma palavra, que significa exatamente este sentimento. Mas saudade é saudade - todos a sentem em qualquer lugar do mundo...
Eu já a senti muito, quando perdi familiares, quando perdi amigos, quando perdi passados felizes. E, mesmo que possa parecer incoerente, apesar de recentemente ter rompido com uma relação que me chegou na curva perigosa dos 50 e continuou na reta até cair de um precipício, eu não fiz este trabalho nostalgicamente inspirada, mas, sim, inspirada na música Mi Manchi (minha falta, minha saudade), cantada por Andrea Bocelli, e em imagens da minha amiga Lina Marano, uma entusiasta em fotografia.
Por que eu não sinto saudade?... Porque saudade é perda de algo que nos gratifica. Quem sofre de saudade por quem não existiu realmente, por situações falsas, não está sentindo saudade, mas está sendo masoquista. Hoje eu sinto é decepção, o que não chega a ser arrependimento. Consegui através de muita depressão, dúvidas e descobertas infelizes, a transportar isso tudo a meu favor.
Embora menos confiante no ser humano, até mais fria e menos ingênua, eu tento e tentarei sempre aproveitar tal experiência para melhores e mais honestos amores.
Leila Marinho Lage
25 de março de 2010
http://www.clubedadonameno.com