PALAVRAS DE DESPEDIDA

Palavras de Despedida (?)

Depois de tanto tempo, já não há tanto para dizer. E também, palavras de poeta, na maioria das vezes, são como nuvens, voláteis, que esvaem-se no tempo e no espaço. Talvez, porém, um dia, tais palavras ressurjam na neblina do tempo e venham a cair, gotejantes, feito lágrimas de anjo, em forma de pensamentos ou acalantos, para alguma alma sedenta de paz.

Mesmo assim, arrisco dizer que foi bom enquanto durou. Quem sabe!? Dos dias tristes ficaram as cicatrizes, tatuadas às lágrimas nas páginas do livro do tempo e, dos momentos felizes – esses que são importantes -, ficaram as lembranças as quais chamamos de recordação e que já cheiram à saudade.

E nesse giro do carrossel do tempo, onde, enquanto uns subiam, outros desciam e outros se atropelavam, saí, graças a Deus, ileso para continuar a caminhada pelo parque da vida.

A todos, perdão. Pelo que fui ou deixei de ser. Pelo que fiz, ou deixei de fazer. Sobretudo, perdão se não me fiz entender, ou se não me fiz perdoar. Só quero levar comigo a lembrança de um viver alegre e de um vocês amigos.

Não, não diria adeus, jamais! Mormente porque não estou de todo indo embora. Com certeza, muitos fragmentos meus ficarão e, um dia, não sei em que tempo, ou dimensão, obviamente voltarei para mim, a me completar.

Não direi adeus, pois, apenas estou a seguir rumo à próxima estação deste caminho traçado que foi pelo meu destino.