Ghost – Quando eu partir...
Quando eu partir (E que não seja num final de semana)...
Não quero o choro fingido de quem já não me sorria sincero.
Não quero palavras bonitas, pronunciadas por quem ficou tanto tempo em silêncio, mesmo quando eu tentava lhe falar...
Não quero homenagens de quem nunca reconheceu em mim ao menos um gesto digno de aplauso.
Não quero atos heróicos de quem não me estendeu a mão nos momentos em que eu mais precisei...
Não quero perdão de quem não me deu a oportunidade de fazê-lo.
Não quero piedade de quem só me via como ameaça.
Não quero missa, não quero reza, sobretudo de quem nunca dedicou um minuto sequer para orar por mim.
Não quero vela de quem, mesmo por um momento impediu que minha luz brilhasse.
Não quero ser objeto de disputa para quem não me deu o devido valor.
Não quero beijo de quem me negou um afago nos momentos em que eu estive carente.
Por fim, não quero a dor desta ausência no peito de quem, mesmo distante, lembrava de mim com carinho.
Não quero estar na memória de quem, há muito já havia esquecido que eu existi.