Somos borboletas
O corpo físico, é o casulo onde o espírito realiza sua metamorfose e alça vôo à espiritualidade.
Esse casulo, sendo matéria, é instável, provisório, passageiro. Infinito é o espírito em seu volitar evolutivo. Assim, inexiste fim, quando entendemos que a morte é sempre o recomeço, a libertação da crisálida. A matéria, retorna a matéria, enquanto a essência busca os altiplanos , levando consigo a bagagem amealhada em seu coração e sua mente.
O desencarne não é um adeus, apenas um até breve! que são alguns anos terrestres? Senão meras gotas de tempo no mar da eternidade. Mais cedo ou mais tarde, encontros e reencontros reunirão todos os afins.
Somos todos, “borboletas” em nossos “casulos”. Certamente, em alguns momentos sentiremos saudades, em outros, saudades deixaremos. Mas, voar é preciso, evoluir é preciso, como preciso é ferir a pedra, para a escultura surgir; como é preciso triturar o trigo para o pão existir. Não dê guarida à tristeza, não alimente o desespero. Em outra dimensão, alguém quer sorrir com seu sorriso, reviver em suas boas lembranças, sonhar em seus sonhos e colher as flores perfumosas de suas tranquilas orações.