O verde dos teus olhos.

Esse seria apenas outro dia de aula, mas algo me esperava no fundo da grande sala de aula, não podi deixar de ver aqueles lindos olhos verde-mar, olhando cautelosamente para mim, seria amor a primeira vista? Já sabia a resposta, mas não queria aceitar, pensava na linda boquinha, com os lábios vermelhos que me deixava louco.

O grande ápice dessa história foi no outro dia de aula, aliás, no fim da aula, o céu estava escuro, a rua deserta, todos os estudandes já estavam em sua casa, não lembro o motivo a qual estava no colégio, a portaria era meu destino, o frio era intenso, a chuva ameaçava cair, mesmo sendo um leve chuvisco, era o suficiente para um bom resfriado.

O medo estava visível nos meus olhos, ouvia passos atrás de mim, não queria olhar, não imaginava o que poderia ser. o barulho estava se aproximando, não mantive a curiosidade e olhei, foi uma grande supresa, era os lindos olhos verdes olhando para mim, um olhar sério e de satisfação por está ali.

Tomei a iniciativa, e fui comprimentar, por sorte essa pessoa, apenas balançou a cabeça e respondeu que estava tudo bem e segui nos seus passos devagar, a chuva veio e com sua força arrastava tudo o que via pela frente, só sobrava aquele sobrado na beira da rua escura. Não hesitamos e entramos na pequena casa, era escura, mas o clarão dos relâmpagos iluminava tudo.

Estava muito frio, e a pequena pessoa estava com muito frio, estaca com início de hipotermia, não me contive e abracei aquele corpo gélido, tentei aquecer com o meu calor, estava servindo, logo nós caímos em um sono, e tivemos sonhos, digamos bom sonhos. dois corpos abraçados m plena tempestade, parecia coisa de novela, mas era realidade, eu sonhei com aquele momento há um dia, desde quando encarei pela primeira vez, uma força me atraia e era maior que mim, um sentimento incontrolável.

Abri meus olhos e o sol invadia todo o sobrado, as gotas de agua se evaporavam, olhei para a pessoa ao meu redor, e pela primeira vez na minha vida me sentir feliz, por salvar a vida da pessoa que amo com o calor do meu corpo. éramos apenas, dois adolescentes que não conhecia a vida, mas sim o amor, a grande chave do portão dessa escola, que se chama a escola da vida.

hoje, aquele ser não estás mais entre nós, há vinte anos atraz, quando estávamos em um pequeno sobrado, eu resolvi tocar as mãos no seu rosto e percebir que estava frio e pálido, não demorou para cair a ficha, mas havia perdido meu grande amor. o desespero tomou conta da minha vida, não pensei, apenas tomei um copo de veneno de rato, queria um novo encontro, no céu o no inferno.

Eu era apenas um menino de treze anos, o máximo que consegui tentando suicídio foi ficar em cima de uma cama por resto da vida.

"aqueles olhos verdes ainda existe, na minha lembrança"

sob pseudônimo: Miguelângelo Hanged

Lú Killer
Enviado por Lú Killer em 21/06/2008
Reeditado em 22/06/2008
Código do texto: T1044130