ESPERANDO

Um domingo enfadonho, após uma noite mal dormida, rolando na cama que parecia ter espinhos ou pó de mico. Uma noite inquieta, daquelas que não desejo ao pior inimigo. Nem o friozinho da madrugada conseguiu me aquietar. Meus pensamentos iam e vinham entre uma sonolência e uma remexida na cama.

Passei para a rede ao lado. Nada! Não fez a menor diferença. Maus momentos!

O sol já se fazia presente surgindo levemente pelas frestas da veneziana tentando me tirar daquela inércia. Ouço uma música triste que se faz presente juntamente com o sol. Algum vizinho apaixonado curtindo momentos de felicidade ao lado do seu amor.

Sinto falta de você. A saudade insiste em me fazer companhia.

Penso nos bons momentos que passamos juntos e uma lágrima surge denunciando minha fragilidade. Meu pensamento insiste em me castigar e me faz pensar coisas tristes. Minha alma sofre com tais possibilidades.

Imagino que possas estar com outra pessoa, sem coragem ao menos de me ligar e confessar que tudo acabou, ou que agora você vive numa constante caça, tentando achar o amor ideal. Ou será que já existe outro em meu lugar?

Pergunto-me por que? Fico sem respostas.

Chego à conclusão de que tudo é passageiro, nada é infinito!

E esta solidão que não passa!

Fica a certeza da morte traiçoeira que tarda, mas não falha e um dia poderemos nos reencontrar em outro plano e recordaremos o passado que vivemos com amor.

Josa Pinheiro
Enviado por Josa Pinheiro em 10/02/2008
Reeditado em 04/08/2008
Código do texto: T853485
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