Amo-te demasiado para permitir que me magoes
Amo-te demasiado para permitir que me magoes.
Sabes, quando escolhes ignorar-me durante dias inteiros e não responder ou reagir às minhas mensagens, mesmo sabendo que elas estão lá—no teu telefone—esperando pacientemente que as abras, bem, talvez às vezes nem tão pacientemente, já que acabo por apagá-las—para mim e para ti—um gesto que te deixa louco e te faz sentir... péssimo…
Luto as minhas próprias batalhas emocionais com o meu coração e mente continuamente em conflito, quando queres aparecer, encharcado da tua mais recente aventura, procurando (talvez) conforto na minha presença…
Não vês a tempestade que deixas para trás sem sequer cruzar a minha porta?!??
Sou eu a lua para a tua maré inquieta?
Uma testemunha silenciosa das tuas idas e vindas,
Sou apenas uma paragem na tua jornada?
Um pensamento fugaz nas tuas noites sem sono,
Enquanto fico a ponderar o teu silêncio,
À luz do dia que se segue,
Curvando e moldando aos caprichos dos teus puxões?
Ainda assim, permaneço firme, uma sentinela silenciosa,
Neste vasto oceano da tua inconstância,
O meu coração é um farol, guiando-te de volta,
Mas quem me guiará quando estou à deriva,
No mar das tuas ausências?
Amo-te demasiado para permitir que me magoes ou que a tua indiferença transforme o meu coração em pedra quando desapareces nos teus silêncios e simplesmente me ignoras.
Amo-te demasiado para permitir que me magoes,
Amo-te demasiado para deixar que me destruas,
Pois ao amar-te, devo amar-me o suficiente,
Para afastar-me da tempestade que trazes contigo.
AJ
21.7.2024