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MINHA MENSAGEM DE DESPEDIDA PARA UM AMÁVEL GRUPO DE WHATSAPP

     

         “Mate [sempre] a saudade

   Mas [jamais] mate... aquela su’antiga amizade”

                                (Estevan Hovadick)

 

   Procurarei ser breve no que irei dizer:

   O devido grupo de WhatsApp nasceu da intenção de “encurtarmos” a distância entre nós, a fim de possibilitar o encontro e, sobretudo, o “reencontro” de tantos que, em função d’alguma razão específica (principalmente de trabalho), precisou se afastar fisicamente do espaço em que nele antes vivia. E assim, com a sua criação, permitir reaver as antigas amizades e contatos (incluindo família), nascidos no decorrer de nossa história, o que eu considerei louvável.

   Contudo, dado a deselegantes postagens nascidas de cunho de identificações partidárias e políticas, e com grande teor de provocação, desrespeito e intolerância no que apresentaram, tomo a liberdade de dizer que o grupo tomou “outros rumos”, e que em nada se beneficiou dos frequentes “posts”. Pelo contrário, foi atirado neste “campo” um terrível “joio” provocando uma verdadeira “demolição” no grupo, onde muitos se dispersaram (pelo que saíram, alguns sem se despedirem, acredito eu, por indignação e revolta).

 

   Infelizmente o país passa por um período escuro e caótico, "pincelado" com uma inegável polarização política e marcada por, a meu ver, um clima de paixão exacerbada em função de dois nomes. Percebe-se, sem exagero dizer, uma espécie de surto psicótico. Na verdade um delírio coletivo, em que “endeusaram” estes dois "personagens". E sendo visto com grande pesar um cenário psicológico caracterizado por rixas e desentendimentos com recíprocos ataques em defesa cada qual por seu "ídolo" (ou sua “preferencial ideologia”, mais precisamente as chamadas "direita" e "esquerda", e alguns até misturando "religião"). E enfatizo que aqui já pode ser diagnosticado um triste quadro do “fanatismo”. Particularmente considero isto ridículo e, portanto, uma total perda de tempo.

 

   Pois então, lamentavelmente o grupo foi “infectado” por este “veneno” maculando-o com o seu teor de intolerância e ódio, e não somente por divergências de opiniões. Em qualquer espaço são naturais as “diferenças de pontos de vista”, mas é inaceitável que haja “inimizades” por causa delas.

   Eu guardo um imenso afeto por cada um de vocês. Ou, melhor dizendo, amo a todos, e não gostaria que este meu sentimento se convertesse em ódio por nenhum. A iniciativa do encontro foi linda, contudo estamos nos afastando em função da infantilidade partida da conduta insensata por parte de alguns membros.

   Sendo assim, optei em sair do grupo, pelo menos enquanto o país estiver dividido por causa desta maldita polaridade política. Mas, não quero me apartar de ninguém, e muito menos expulsar quem quer que seja de minha vida. E que ninguém venha a me interpretar de forma equivocada a achar que estou querendo me “livrar” de alguém (ou, mesmo, de todos). Não, não estou fugindo de ninguém, nem estou “fechando as portas de minha casa". Que ninguém fique triste ou ressentido com a minha decisão. Como eu disse, amo-vos e não gostaria que aquela linda e antiga história que um dia nasceu venha a se transformar em desafetos ou inimizades. Recebam o meu carinhoso abraço. E lembrem-se: Vocês são muito especiais para mim. Que Deus abençoe a cada um.

 

07 de setembro de 2022

PS: Tomei a liberdade de escrever em algumas passagens  neste texto praticamente as mesmas palavras  de um amado  primo, o qual preferiu  sair  do grupo de Whatsapp da família justamente por causa do atual cenário  mental  político com suas divergências  e polaridades.

                                                                                      

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           IMAGEM : GOOGLE

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 07/09/2022
Reeditado em 31/12/2022
Código do texto: T7600421
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