E AGORA?

E agora?

Como hei de partir,

diga,

com que cara me encaro agora?

Se meu olhar me delata,

minha voz denuncia...

Sou força, sou garra, sou raça

e também cicatriz,

marca de sobras passadas,

de tudo que não criou raiz...

Que faço agora?

Que o trem já se foi,

e consigo levou,

minha vida na bagagem...

O que dizem é certo,

quem pede pouco recebe nada

Não estou para migalhas...

Resto de tempo,

sobras de amor,

bocados de carinho...

Quero tudo, quero muito!

Quero ser aquela

que ronda os pensamentos

e que se chama tormento...

Quero desejo,

quero beijo

Quero ser a menina dos lindos

olhos teus, amor meu!

Para que só veja a mim

enquanto viver...

Menos que isso é bobagem,

resto de amor, pouca miragem!

Sil Cervantes

Silvana Cervantes
Enviado por Silvana Cervantes em 14/11/2007
Código do texto: T737607