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Despedidas
Muitas vezes insiste-se na manutenção do vínculo com o outro pelo prazer da companhia, da conversa leve a fluir, pelo contexto de afinidades que parece existir. No entanto, há momentos em que as despedidas são necessárias pois a via é só de mão única, pouco a pouco percebe-se que o outro não demonstra muito interesse em seus projetos, em sua vida, em seu bem estar pessoal; na verdade ele o enxerga como uma pessoa confiável para externar as aflições, as dúvidas, as conquistas pessoais onde você não é convidado a sentar-se a mesa do banquete da vitória, pois o seu papel é apenas o da pessoa confidente. Então, apesar de tanta insistência achando que o outro pode mudar o cansaço começa a visitar e pouco a pouco o olhar vai mudando, a paciência va se esgotando e conclui-se que a via jamais será de mão dupla. Então silenciosamente você vai afastando-se, vivendo o luto do desapego até perceber que o outro já tornou-se irrelevante em sua vida. E por mais que ele tente fazer-se presente você sabe que nada voltará a ser como antes - ele agora faz parte do passado. Apesar de toda a falta que o outro diz sentir de você o sentimento não muda, pois a perda foi definitiva e você sabe exatamente para onde não deve voltar. Como diz o jargão popular: "algumas pessoas amam te ter, mas não te amam" e é fundamental despedir-se de pessoas assim.
Alvaniza Macedo
20/09/2020