O MAL.

Sempre tivestes o poder dominador sobre o meu corpo.

Te deixo no exílio, mas tens o dom do retorno, os intervalos que passas longe, estão encurtando cada vez mais.

Não pedi seu retorno.

Invades sem permissão, ocupando espaços que deixastes à força e assumindo outros novos.

Não me digas que a culpa é da primavera que retorna,aflorando até arvores secas.

A intranquilidade que causas a cada dia , faz-me sentir com um corpo flácido, inseguro, às vezes insustentável sem apoio . Sua volta agudizada me entristece.

Me tiraste o trabalho, em troca recebi a depressão, me tirastes o convívio social de volta recebo solidão.

Sei que vais comigo até meu ultimo dia.

A pequena injeção quinzenal antes cheia de poderes, só se torna efetiva por poucos dias. Agora tentas roubar-me a visão.

Odeio essa nossa convivência. Odeio essa dor agudizada, de baixa intensidade mas constante, dizendo que estais presente.

Te odeio ESPONDILITE ANQUILOSANTE

Te odeio sacro-ileíte, te odeio uveíte e todos esse ITES que me causas

Felix Chaves
Enviado por Felix Chaves em 04/09/2020
Reeditado em 04/09/2020
Código do texto: T7054417
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