O MAL.
Sempre tivestes o poder dominador sobre o meu corpo.
Te deixo no exílio, mas tens o dom do retorno, os intervalos que passas longe, estão encurtando cada vez mais.
Não pedi seu retorno.
Invades sem permissão, ocupando espaços que deixastes à força e assumindo outros novos.
Não me digas que a culpa é da primavera que retorna,aflorando até arvores secas.
A intranquilidade que causas a cada dia , faz-me sentir com um corpo flácido, inseguro, às vezes insustentável sem apoio . Sua volta agudizada me entristece.
Me tiraste o trabalho, em troca recebi a depressão, me tirastes o convívio social de volta recebo solidão.
Sei que vais comigo até meu ultimo dia.
A pequena injeção quinzenal antes cheia de poderes, só se torna efetiva por poucos dias. Agora tentas roubar-me a visão.
Odeio essa nossa convivência. Odeio essa dor agudizada, de baixa intensidade mas constante, dizendo que estais presente.
Te odeio ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Te odeio sacro-ileíte, te odeio uveíte e todos esse ITES que me causas