Como tu quiser chamar.
Escrivaninha, prazer em revê-la. Mais cômico que se apaixonar de novo, depois de ter jurado amor eterno há alguém esquecido, é romper novamente com aquele que era novamente, o amor eterno. Embaraço de palavras e sentimentos, e dores, e sorrisos meio a lagrimas e até uma piada. Foi ali, no banco da praça de uma igreja que já foi minha, que depois de longos seis meses e segurando o sangue que meu coração bobeava errado pelo tiro levado três quadras a baixo. Eu liguei, eu pedi a ele que me ouvisse, já que não havia muito que eu pudesse pedir, "eu estou gostando de alguém" foi essa bala calibre 28 que atravessou meu ventrículo direito e levou sangue pro ar que havia em meus pulmões. Não expresso reações, se quer sei o tamanho real dessa dor, mas eu sei que ela esta aqui. E esse todo, é a parte ruim, desse dia 24 estranho, que o sol se pôs em rosa pro lado oposto do costume.
Mas tem o bom, o bom por incrível que pareça é ele, ele é incrível e lindo e sem querer me amarrou, sem culpa também, e com todo cuidado, foi sincero, me pondo no chão. Gratidão, sim, eu não o odeio, e agora eu to aqui, segurando todo esse fim, no dia 1, de não sei quantos dias, mas tu escrivaninha, saberá, quando muito em breve aqui eu voltar, pra te contar do meu mais novo amor eterno.