Aprendendo a liçao
Nesta noite que se despede, com um ar de nostalgia
Muito pouco a noite pede, quase nada assim faria...
E por nada ter sido feito, gera esse muito de vazio
De muito do nada satisfeito, com pouco do nada eu restaria...
De lacunas não resolvidas, e de soluções ainda falhas
Muito aqui se admira, são cortes fundos sem navalhas
Do adeus precipitado, mas com motivo relevante
Ainda em vida digo de fato, sentimento esse ignorante!
Do que se quebrou não há concerto, mesmo porque resulta dor
São peças localizadas no peito, que não se colam por calor...
De um sorriso ainda torto, porem de pura sinceridade
Em um gélido clima morto, diz-se, vai embora que é tarde
E no desfecho final desta triste serenata,
oscular a covardia de uma pessoa ingrata
Caminhou tanto contigo, e que enfim te abandonou
Não é por que deixou de gostar, simplesmente ela nunca te amou...
Envelhecer juntos é simplesmente entender
Que ambos tem defeitos e temos que perceber
Que por mais que se erre, haveria solução
Se o amor pra quem se entregue não sofresse traição...
E neste derradeiro verso, mesmo antes de tentar ir dormir
Faço de mim um confesso, quando o assunto é redimir
Por tantas vezes na lona, e muitas vezes no chão
Aprendendo a não ter medo, e aprendendo a lição.