A BARCA DAS ALMAS.
' A barca vai descendo o rio lentamente.
As pessoas nas margens, ficam a olhar.
Ela vai flutuando estranhamente, navegando sem destino,
apenas seguindo. Talvez, querendo que o tempo pare para também
observar.
Só não sabem que dentro dela, almas solitárias estão a cumprir penas.
Soltando lamentos sem voz, palavras vazias sem ecos no mar da insanidade.
É a medida da dor de cada um, que foi elaborada antes do embarque final.
O molde fúnebre, que te abrigara, continuamente feito e refeito.
Te digo, não esperes nada alem do que antes plantastes.
É a barca das almas no mar da razão.