ADEUS.

Ao sentir minha falta, olhar para um lado e outro, não me ver, já parti.

Fui sem despedir, o adeus destrói intimamente, arrasa sentimentos, machuca mais que ir sem avisar.

É minha amiga, sinto muito, pela convivência mal feita; pelas lágrimas que vi certa vez derramar e mesmo assim insisti em machucar.

De tudo que passou restou algo de especial em nós, a certeza de que sempre haverá uma lembrança naquela música que toca ao longe, nas conversas animadas, até nas divergências de opiniões.

Tudo, tudo isso fica como algo que faz o coração bater em ritmo descadenciado.

Portanto melhor sentir minha falta, sem ter um aviso, sem ter um adeus definitivo, pois a definição é uma limitação de algo que estabelece ponto final. E quem sabe essa ausência vai ser um simples até logo.

Quem sabe nossas estradas ainda tenham um ponto de interceptação.

Então?

Por que adeus?

Por que despedir?

Sigo eu. Segue você. E o tempo com suas interrogações.

Felix Chaves
Enviado por Felix Chaves em 06/12/2017
Reeditado em 28/03/2021
Código do texto: T6192112
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