Futilidades de um NADA

Futilidades de um NADA

O ciúme trai o mais íntimo de todo um ser, renega-o na sua doação, aprisiona-o em correntes de maledicência e de enredos tenebrosos, culpa-o e sentencia-o a uma morte lenta de si mesmo, cerca-o de inimizade e de troça, esvazia-o da sensibilidade e da razão, arrasta-o para a loucura da incerteza e tortura-o na contínua justificação sem causas.

O que nos resta depois? NADA!

Também NADA existiu. Durou o NADA tempo demais como erva daninha que não foi mondada no seu rebentar de veneno e de cupidez.

Esse NADA pode-se resumir a pequenos devaneios, grandes ilusões e uma insensível troca de fluídos orgânicos.

E do NADA existente fica a culpa que esse NADA tenha acontecido por um estúpido desejo sexual de momento.

Não espanta que a culpa se avolume nesse NADA. Como NADA que foi, não tinha uma base sólida de sobreviver ao ciúme.

E o ciúme matou o suposto "amor" que era NADA!

Assim, também o NADA pereceu. E nem deixou saudades, apenas um CIÚME raivoso. RIP

Não! Mil vezes não! Prefiro a perene solidão, minha odalisca preferida!

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 16/04/2016
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