RENASCIMENTO

“A sorrir, eu pretendo levar ...a vida...”

(Cartola.).

Faz oito anos...

E quem diria!

No desengano,

Hoje sou alegria.

Manhã de inverno

Pura neblina...

Então me despi,

Da vã fantasia.

Tocava a vida

Num desapego...

Felicidade,

Inútil enredo.

À porta ouvi

um leve toque

Me adiantei,

Sem nenhum retoque!

Senti que a vida

Me anunciava:

Era a partida,

Na minha chegada!

Eu acatei

Às suas ordens,

Nem relutei...

Busquei o meu norte.

E na saída...

Desfiz das chaves,

Única chance,

De liberdade!

Aqueles olhos...

Não conhecia!

Aquela cena?

Não merecia.

Eu precisava

Sobreviver...

Busquei no tempo

Meu renascer.

E hoje aqui...

Somos história!

Eu comemoro

Minha vitória.

Faz oito anos,

E aqui proclamo:

Eu canto a vida...

Em fino soprano!

Jamais saberia

Te explicar...

O que eu fiz?

Somente amar!

Se tu me ouvisses

Tu saberias,

Renascimento...

É calmaria.

Felicidade...

É encontrar

Dentro da gente...

O bem estar.

Vivo a verdade,

Em tom maior!

A realidade?

Eu sei décor.

Eu te agradeço,

De coração!

Pela dureza,

Da tua lição.

Se não me engano...

Hoje...faz oito anos...

A você, que nem acreditaria que um dia... eu estaria aqui!