Perfídia

Nem tudo está no seu lugar.

Íntimos solilóquios,pensamentos e pesadelos à deriva.

Aparece de repente, sem rumo, só.

Encontra aconchego, companhia, complemento.

Vê e sente fluir fé e desprendimento,

E peca contra a generosidade.

Colhe fruto em segurança e mostra sórdidos propósitos.

Como serpente derrama peçonha.

Desestrutura a fortaleza, despreza o espírito.

Vírus que domina corpo e alma.

Invade vontades, bloqueia razões, destrói sonhos e se vai.

Para trás sombras, legado de decepção e desengano, frieza.

O pó da estrada, o alicerce de uma construção...

Paulo de Tarso
Enviado por Paulo de Tarso em 16/06/2007
Reeditado em 23/08/2007
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