AMOR BANDIDO
Quando quer...,
A distancia não interessa...,
Busca, arranja qualquer conversa!
Flerta, se arrasta, peita, vai atrás!
Conquista, alisa, se esfrega, deita e se sacia.
Entrega-se, faz de tudo como qualquer vadia!
Depois vai embora...
Ignora, judia...
Finge que não sei...
Não vi...
Disfarça-se de “certinha”
Transforma-se em verdadeira “tia”
Emberna-se no “sustentador”
Desfila com cara de quem tem
Um único amor!
Esse amor é tão bandido
Que não sei se devo sorrir ou chorar
Se me queres, eu te quero,
Mas não sei...!
De onde vem tanto tensão
Misturada à paixão?
E quando a coisa parece que vai engrenar,
Escapa, foge, eu fico perdido.
Completamente aturdido
Pois vivo para te adorar!
Quando a coisa parece está resolvida
E que você saiu de vez da minha vida
A fase da lua muda, você ressurge,
Fala coisas que não conjuminam,
Abandona a mulher “certinha”, assassina a “tia”.
Sorrateira e rastejante, dá o bote e me encanta.
Faz de tudo, até conseguir se “acalmar”!
Ainda com as pernas tremendo, vai embora,
Sai correndo e novamente tudo passa a ignorar!
Por que vivemos momentos tão contraditórios?
Ah! Não vai ter mais jantares
To de saco cheio, vá se danar.
Porque amor bandido no meu coração não tem lugar.
O fogo das suas entranhas
Que queima mais que narina de dragão,
Boca de canhão e larva de vulcão,
Juro-te, não vai mais me atingir,
Nem mesmo me chamuscar.