De repente: fim
Bem pra lá do fim do mundo, vejo teus cabelos encaracolados e os lábios delicados, tomarem-me nos beijos desvairados, enquanto a lua cobre o mar e a água bate até furar. O meu novo mundo, tão tão distante do que é real. Desperto daquela imensidão e a lucidez me faz chorar, então pergunto-me porque parar, se a verdade é o que se vive ou simplesmente finge admirar? Tenho a impressão que te perdi, dentre a sujeira de uma vida desordeira que me propus a caminhar. Agora eu vou sentar e descansar, porque se dói ainda é sinal de que foi bom, se sinto a ausência certamente marcou, mas se logo passar, pelas razões as quais desconheço, você nunca foi e como todos os outros: nunca mais será.