DESPEDIDA
O que faremos se o mal chegar vestido de luz...?
Trazendo a luz do sol falso...?
A luz que cega...?
Será um lampejo súbito e iluminante,
Uma sensação de que a verdade não
pode ser negada...?
É bom pensar...!
Pois é...!
Ela chegou...!
Chegou trazendo esta luz.
Era uma luz intensa, a luz que cegava.
Apresentou-se como o luminoso,
Era um mundo fantasticamente alado que surgia;
E quando me soltei, tornei-me leve,
fui conduzido, e agarrado voei...!
Era a luz do pó das estrelas mortas;
perdi a direção e a concentração,
Desviei-me do verdadeiro objetivo!
Fui arrastado para as profundezas,
Para o pesado, para o escuro,
Atirado no chão das minhas ilusões,
Arrastei-me, e completamente perdido nas sombras,
Envolvido por Arimã, explodi no que tenho de pior!
Ela de lebre disfarçada!
Ficamos, brincamos e comemos a cenoura...!
O fogo da paixão surgiu, queimaram as nossas entranhas.
Sonhei, apaixonei-me, e me embriaguei...!
A natureza com a sua habilidade torna branco
O pêlo da lebre no inverno para que ela se disfarce na neve.
O inverno é somente uma estação,
Estou vivendo a limpidez da ilusão!
Sei que logo chegará o verão e a neve se derreterá.
A razão mostrará que não adianta pensar que
O mal não vai se apresentar de rosto escuro,
Facilmente distinguido do bem.
Meu bem..., Meu bem...!
Uma pessoa pode ter vária companheira de alma,
Mas apenas uma alma gêmea para o seu espírito elevar.
Não pense, porém, que com tudo isso, deixei de te amar.
É somente uma capacidade humana que transcende a si mesmo.
O verão se avizinha e a nossa pele já vai mudar.
É chegada a hora de retornar...!
Por favor, entenda, você é o que existe de melhor,
Mas não podemos arriscar.
A estação da ilusão está chegando ao fim,
Tudo foi muito bom, gostoso e delicioso, acredite em mim!
Mas tudo um dia acaba, o que existe deixa de existir.
Então, by, by,
E que cada um fiquei no seu lugar,
Vivendo as recordações do que deu para aproveitar,
E se possível continuemos amigos para, quem sabe,
Um belo dia, sentar e tudo recordar.