No fundo do meu poço havia molas

Quando o coração chora, não há lenço que resolva ou enxugue as lágrimas de um amante. Amar é singelo, é simples e nós fazemos desse simples sentimento, um turbilhão de confusões.

Onde está oh coração meu?

Onde está oh amor?

Porque se foi?

Essas são as indagações que me enlouquecem no silêncio do meu quarto e quando vejo, já é necessário trocar as fronhas de tão molhadas que ficam.

Sei que tomei a decisão certa, pois nada em mim mudou. Permaneço o mesmo de sempre, aquele simples bobo, que adora olhar nos olhos, acariciar-te, dizer-te o quanto fostes importante para mim.

Deito e quando percebo já o sol desponta. Noites em claro, choro pra dentro, amargo peito. Boca seca, coração alterado.

Tudo isso porque um dia amei, entreguei tudo e mais um pouco de mim e o que recebi em troca?

Nada!

Disto aprendi, fiz-me forte, olhei altivo e confesso que faria tudo novamente, porque não tenho medo da vida. Enquanto fôlego de vida eu tiver, estarei sempre nesse mundão, amando, declarando e acima de tudo me revelando a um novo amor!

Nasço, cresço, reproduzo e amo até à morte!

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 09/03/2012
Reeditado em 09/03/2012
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