Poema fúnebre

Poema Fúnebre

Um adeus quando acontece provoca silêncio sepulcral.

É a despedida em seu majestoso porvir.

A alma é invadida de luz que entorpece o olhar

E deixa o amor entrar na poesia, nas manhãs como algo visceral.

Os dias tornam-se momentos, as palavras um pomar.

A alma cheia de som, um tom indefinido que existe gutural.

Ventos se misturam ao arco-íris, mas o depois é sempre um adágio,

Uma lentidão de compasso...até um outra vez.

O indefinido tempo que traz um adeus consorte da tristeza.

E dentro vem apenas o som do mergulho, o vazio, o que se foi...

Coração em chamas se apaga com as intensas moléculas

Que encharcam de um nada o que foi perfume e flor,

Vive-se a vida inteira para descobrir esse leve pulsar

Que é o amor, tão livremente cheio de dor.

E então renascer uma fênix sem perdão nem descaso

Que nos toma de coragem pra de novo abrir as asas

E vemos devagar, que a vida são vôos no penhasco.

Mônica Ribeiro

11/11/11

Mônica Ribeiro
Enviado por Mônica Ribeiro em 11/11/2011
Código do texto: T3330668