PRÉSSAL....METANO....E A CONTAMINAÇÃO DOS OCEANOS.
Pré-sal é o nome dado às reservas de hidrocarbonetos em rochas calcárias que se localizam abaixo de camadas de sal. É o óleo (petróleo) descoberto em camadas de 5 a 7 mil metros de profundidade abaixo do nível do mar. É uma camada de aproximadamente 800 quilômetros de extensão por 200 quilômetros de largura, que vai do litoral de Santa Catarina ao do Espírito Santo.
A discussão sobre a existência de uma reserva petrolífera na camada pré-sal ocorre desde a década de 1970, quando geólogos da Petrobras acreditavam nesse fato, porém, não possuíam tecnologia suficiente para a realização de pesquisas mais avançadas.
Para extrair o óleo e o gás da camada pré-sal, será necessário ultrapassar uma lâmina d’água de mais de 2.000m, uma camada de 1.000m de sedimentos e outra de aproximadamente 2.000m de sal. É um processo complexo e que demanda tempo e dinheiro.
O governo dos Estados Unidos declarou o vazamento de petróleo no Golfo do México, frente a costa da Louisiana, uma "catástrofe nacional" no que ameaça ser um dos maiores desastres ecológicos da história do país.
A secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, disse em entrevista coletiva que decretar o estado de "catástrofe nacional" permite ao Governo mobilizar mais recursos para fazer frente ao vazamento.
"Usaremos todos os ativos disponíveis" para enfrentar, disse a secretária, diante do prognóstico de que a mancha de petróleo poderá chegar às restingas da Louisiana na sexta-feira.
A alta funcionária disse que Bristish Petroleum (BP), proprietária da plataforma petrolífera que explodiu e afundou em 20 de abril, "é responsável pelos custos que envolvem as tarefas de limpeza" da mancha de óleo.
Os responsáveis pelo serviço da Guarda Costeira indicaram na entrevista coletiva, no entanto, que a multinacional britânica está pondo todos os meios para frear o desastre ecológico no Golfo do México.
"Estamos preparados para o pior dos cenários", disse na mesma entrevista Sally Brice O'Hare, contra-almirante da Guarda Costeira, quem insistiu que estão trabalhando contra o relógio para evitar que esta catástrofe "se transforme em outro Exxon Valdez", o petroleiro que derramou milhões de toneladas de petróleo no Alasca em 1989.
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, indicou que o presidente Barack Obama ordenou a mobilização de mais recursos para enfrentar "de maneira agressiva" o vazamento.
5 mil barris/dia, um executivo da petroleira BP concordou nesta quinta-feira com as estimativas do governo americano quanto ao vazamento de petróleo que criou uma maré negra no Golfo do México, que pode ser de mais de 5 mil barris/dia (800 mil l), muito mais que o previsto.
Na véspera, a Guarda Costeira dos Estados Unidos afirmou que ao menos 5 mil barris de petróleo estão vazando diariamente no Golfo do México. "Descobriram um novo ponto de vazamento", assinalou o oficial Erik Swanson à AFP. Isto equivale a "5 mil barris diários".
o metano uma ameaça ?
Vamos rever a situação. Sabemos que há extensivo hidrato de metano e depósitos de camada de terra congelada por todo o mundo. Temos a evidência de que estamos no começo de um período de aquecimento global que está sendo tornado provavelmente o pior contínuo impulsionador de CO2 na atmosfera devido a queima de combustível fóssil. Recente modelagem de computador incorporando os efeitos de reação do aquecimento global que já ocorreu sugere que aproximadamente 2050 podemos começar a soltar os efeitos benéficos da floresta Amazônica como uma pia de carbono.
Isso poderia conduzir ao aumento da temperatura de 5 à 8 graus centígrados em 2100. Este seria um território desconhecido e ninguém realmente conhece no momento como os sistemas ambientais do mundo mudariam mas temos agora a evidência do passado geológico. Com base nessa evidência o aquecimento global pode conduzir a liberação de metano que uma vez iniciado agravaria. Essa seria a pior coisa possível de acontecer porque uma vez iniciado não haverá forma de parar o evento do aquecimento global da fuga de carbono. PODEMOS reduzir nossas emissões de CO2 dos combustíveis fósseis mais NÃO PODERÍAMOS reduzir as emissões de metano uma vez que iniciado, grandes forças naturais tomariam o comando e mudariam nosso mundo. Isso resultaria provavelmente no derretimento da calota polar da Antártica que aumentaria os níveis do mar em 50 metros e mudaria completamente os climas do mundo.
Então o que deveríamos fazer? Devemos ser cuidadosos e não arriscar começando as seqüências de eventos descritas acima. Para fazer isso devemos reduzi as emissões totais de CO2 de agora para frente e tomar medidas para proteger as pias de carbono tais como a floresta Amazônica.
Hidratos de metano ocorrem extensivamente hoje por todo o mundo. Eles consistem de metano armazenado dentro dos instáveis depósitos de água acoplado que se perturbado libera o metano. Eles ocorrem nas principais deltas de rio tais como delta do Amazonas e nas antigas áreas delta tais como o Golfo do México. Principais rios carregam milhões de toneladas de lama contendo matéria vegetal que continua a decompor depois que a lama é depositada no delta do rio. Essa decomposição anaeróbica produz metano que ficou aprisionado na lama como hidrato de metano até que as condições da temperatura de água e pressão mudarem o qual pode liberar metano em vastas quantidades muito rapidamente.
Outra forma é o hidrato de metano congelado na lama/gelo onde o metano é aprisionado numa mistura água/gelo que libera o metano quando este aquece ou a pressão no gelo é reduzida. Hidratos de metano congelado podem conter 170 vezes seus próprios volumes de metano. Esses hidratos congelados ocorrem nos depósitos do fundo do mar do Oceano Ártico.
Metano também pode estar aprisionado nas camadas de terra congelada o qual o descongelamento das camadas mais baixas de matéria vegetal que está decompondo e produzindo metano que permanece aprisionado em cima das camadas de terra congelada. Se a camada de terra congelada fosse derretida então o metano nas camadas abaixo escaparia para a atmosfera. Dadas as vastas áreas de camada de terra congelada nas latitudes ao norte há um significante potencial para o metano estar aprisionado que seria liberado se a camada de terra derreteu como um resultado do aquecimento global.
A teoria para esses rápidos aumentos e quedas da temperatura, baseado nos registros geológicos de 55 milhões de anos atrás, é que o aquecimento global gradual devido a alguma causa natural resultou nas temperaturas de 5 à 7 graus centígrados mais elevados do que a média( i.e. mais elevadas do que as temperaturas de hoje).
Nesse ponto metano aprisionado nos depósitos de hidrato de metano começou a ser liberado para a atmosfera e acelerou a taxa de aquecimento. Isso resultaria em mais aquecimento liberando mais metano. Conforme a atmosfera aqueceu diferentes tipos de depósitos de metano começariam a ser liberados e assim um ciclo de liberação de metano conduzindo ao aquecimento global conduzindo para mais liberação de metano de outras áreas de depósitos de metano em outro lugar no mundo seria estabelecido como o aquecimento global afetou diferentes áreas do mundo.
Metano no Árcticoameaça a vida:
Um dos maiores temores dos cientistas que acompanham as mudanças
climáticas está no fundo congelado do oceano Árctico. Sob o leito do
mar estão os maiores depósitos de metano, um gás várias vezes mais
poderoso do que o dióxido de carbono para aumentar a temperatura da
Terra e destruir o clima que conhecemos desde os primórdios da
civilização.
Cientistas registaram um aumento da libertação de mais 30% na quantidade desse gás metano da camada subterrânea de gelo permanente do Árctico, nos últimos quatro anos.
Isto devido ao aquecimento das correntes marítimas na zona e ao
derretimento do permafrost (solo congelado), que retém milhares de
milhões de toneladas de metano, o que deve levar a um aumento de 10
graus centígrados na temperatura média da região até 2100.
Os depósitos de metano são importantes porque os cientistas crêem que o seu escape foi responsável, em épocas passadas, por mudanças climáticas bruscas e até pela extinção de muitas espécies.
É a primeira vez que a libertação de metano do fundo do mar é
identificada na história recente da Terra. Embora a maior parte do
metano se dissolva na água, parte chega à atmosfera e incrementa o
aquecimento global.
Acredita-se que o metano contribuiu para os grandes períodos de aquecimento rápido da história da Terra, quando houve também grandes extinções de espécies. O detalhe é que esses grandes aumentos de temperatura do Planeta, provocados por fenómenos naturais, levaram milhares de anos para ocorrer, enquanto a mudança climática actual, provocada por emissões poluentes humanas, é medida em décadas.
Até recentemente, esta região de permafrost era considerada estável, mas agora os cientistas acreditam que a libertação de um gás de efeito-estufa tão poderoso pode acelerar o aquecimento global.
ARROZAIS:
Os arrozais da China e do Sudeste Asiático produziram um terço das
emissões mundiais de metano: 33 milhões de toneladas. Apenas 2% vem das regiões árcticas, embora seja ali que os maiores aumentos são
registados. 31% elevação de 30,6% nas emissões do Árctico, no período entre 2003 e 2007, para cerca de 4,2 milhões de toneladas, foio maior aumento percentual para qualquer região pantanosa, segundo a revista ‘Science’. 20 O metano é um dos gases que provocam o efeito-estufa e é 20 vezes mais potente do que o CO2 no seu efeito de aprisionar o calor na atmosfera.
BOLHAS NA NORUEGA:
Cientistas da Alemanha e do Reino Unido descobriram 250 colunas de bolhas de metanoa subir do fundo do mar numa plataforma de West Spitsbergen, uma ilha da Noruega.
GÁS ELEVA ACIDEZ DO MAR:
metano é o mais importante gás do aquecimento global, seguido do
dióxido de carbono, e responde por cerca de 18% do efeitode
aprisionamento do calor do Sol na atmosfera terrestre causado por
actividades humanas. Outro problema causado pelo metano é que, enquanto ele se dissolve na água do mar, aumenta a acidez do oceano. O mar já está a absorver parte do excesso de gás carbónico que lançamos na atmosfera, ficando ácido por isso. Teme-se assim que a acidez progressiva possa afectara base da vida marinha, comprometendo a sobrevivência de peixes e de crustáceos.