VALE DAS LAMENTAÇÕES
Qual vale se lamenta no campo
quando cai a chuva em pranto sublime,
chora o coração ofegante de um triste !
O lamento, em tom de tormento,
Acaricia o ego ainda quebrado
da perda sofrida, do choro velado
A dor as vezes é maior do que a realidade
mas como doi esta verdade em mim!
No Vale das Lamentações deságua um rio,
que de encantos que quase se apagam,
se solidificam no apagar sombrio das luzes!
As sombras, obscuras da noite, ao chegar
denotam sua dureza, tristeza!
Mais duro que a morte, a sorte
quase nunca me procura,
enquanto as feras sombrias, incontidas
esmiuçam o pouco que resta desta perda
Mas ainda que o luto pareça,
A vida me chama de volta, e eu venho!
A sorte, antes perdida, vem forte
E ainda que com chamas de destruição
Eu as anulo, destruo e volto
Como com força encontrada no nada,
no mesmo " Vale de Lamentação!