Nunca

Por favor!

Te imploro, em nome nem sei de quem...

Nunca, nunca faça isso!

Não acalente quem não sente

Não afague quem se apague

Não eleve a quem não deve

Por favor!

Não esfole a alma já tão doída

tirando as cascas de forma sarcástica

expondo as feridas para serem lambidas

por vermes...

Segure com candura os pedaços

das pétalas caídas

Você assoprou...

Despetalou!

Com todo carinho do mundo a

desmantelou...

Não, não foi por mal

mas nunca, nunca mais

Cometa este doído engano

Nem que pra isso se torne profano

teu coração mundano

Silvana Cervantes
Enviado por Silvana Cervantes em 19/11/2006
Código do texto: T295252