Dia do Beijo.
Por qual tipo de razão ridícula você faz isso? Primeiro, diz que me ama. Me adora, e que não vive sem mim. Canta sambas antigos, cheios de coisas de amor. Se declara em inúmeros idiomas várias vezes ao dia. Me faz rir, me faz sentir-me segura. Mas antes que algo pudesse ''vingar'' você muda. Revoga a tudo que tinha dito. E ainda me deixa um recado pela metade: ''Diga a ela que eu não estou com muita vontade...''.
Você tinha me dito, me fez acreditar em você. Ontem, quando te contei porque detesto Abril, me disse assim: ''amanhã eu mudarei esta história. Pode deixar.''. E ainda repetiu para mim em espanhol. Hoje me apronta uma coisa dessas. Me disse que me amava, que perto de mim você não se concentrava. Então, porque?
Não acredito quando as pessoas dizem que me amam, ou que gostam de mim. Nunca acaba bem. Não quis acreditar em você, eu juro. Mas você continuou ali, me fazendo sorrir, me convencendo de que era verdade. E eu caí, como uma idiota. Eu acredito, você foge. Não percebe que isso é tolice? Você ainda vai me ver amanhã. E depois. E na semana que vem. Fugir de mim para que? Eu estou acostumada a ver quem me feriu. Meu coração já não reage mais com tanta força perto de pessoas assim, já sofreu tanto.
Não faz sentido para mim o porque de você ter feito o que fez. Como é machucar quem gosta de você, e quem você diz que gosta? É bom? É agradável? Tantos garotos já fizeram a mesma coisa que você está fazendo.
Eu sei como te ferir, te fazer sofrer. Sem precisar fazer nada na tua frente. Mas eu não quero. Não quero te fazer sofrer. Sim, estou brava. Mas o amor que sinto por você é muito maior que isso.
Só te peço que pare de brincar com os meus sentimentos. Não sei porque estou te dando outra chance. Mas essa é a última. Eu juro. Se falhar dessa vez, é o fim.