Rompendo a vida... suicídio!

Chega um dia em que se rompe o "ego", parece que o peito pulsa desesperado, pedindo para parar... A respiração vem reticente, não sabe se fica ou se pede desculpa por ter iniciado, por não ter abortado os sonhos antes que tomassem corpo! Jogar-se do nono piso, andar que moro e desconheço, pois nem tempo tenho para isso! Será que as pessoas têm sete vidas?

"Faça isso, faça aquilo, não faça isso!" Esses demônios me esfolam os ouvidos, ficam me cutucando; tolhem meu senso, me enterram em grosso cimento, antes mesmo do funeral! Então, deixe que eu apresse esse evento, com minha própria imaginação!

Eh... vou me jogar mesmo, experimentar o vácuo, testar se existe, de fato, o perigo... a gente anda por aí mesmo, esbarrando no medo, no risco... pensando em não mais voltar; quem sabe eu desapareça?! Em meio ao caos que me espia por baixo, desaparecerei mesmo. Vou naufragar de ponta a cabeça, falecer, ficar bem inerte, vou procurar um esconderijo de todos que me perseguem! Completamente sem sinal: nem verde, nem amarelo, muito menos vermelho! Andar por aí livremente, isenta de taxas e condutas, sem esperar que outros passem, sem correrias... apenas mudar percurso, e mais que viver, andar indiferente!!

Não venham tentar me impedir não! Recuso corpo de bombeiros, recuso telefonemas de amigos...

P

U

L

E

I

E foi tão triste...

Mas...

sobre-

vivi

a essas linhas de angústia...

Foi triste ter pulado do mundo da covardia, para só depois romper com uma vida medíocre!

Eu tive que saltar do alto para poder parar em pé, sem abismos...

Mais que dar a volta por cima, eu salto dos problemas... Eh! Eu pulei lá do andar da confusão, refleti... Saltei figuradamente e vim parar no paraíso! Um "suicídio" desses com dublês, e essas falas nem eram minhas! Só para depois a gente parar e apreciar ainda mais "a real vida"! Essa que ninguém paga, que ninguém apaga, e com ela todos temos compromisso!