O poeta é um "diabo"...

Se pensa que vou falar de flor,

Prepare-se, hoje estou invocado

Feito à regador furado...

E vou vociferar de dor.

Quem são seus amigos?

Seu colega de travessia.

É triste dizer, que nesta vida

Por mais santo-atrevida,

Rodeada de má companhia.

Existem pais desnaturados.

Irmãos muito desajustados.

E, tudo o que já se dizia

A procurar um culpado

Por toda à freguesia...

Num antro de pedofilia.

Até na santa eucaristia,

Seria o coroinha papado?

Pois é, quem diria...

E, o Papa, fica de lado...

O poeta é quase obrigado

A usar o lúdico palavreado

Para ser bem entendido.

E, às vezes fica entediado

Sentindo-se o culpado

Por não dizer o que queria.

Sente-se um pobre diabo

Ou, um diabo sem rabo

Sentado na hipocrisia.

Seus cascos fendidos

Muito bem escondidos

Só para não ser odiado

Pela grande maioria.

E, não venha com desabafo,

Pois, é estar baforado

Por desaforos desaforados,

E que o verbo seja rasgado.

E, é muito pouco demasiado.

O poeta além de bom diabo,

Deveria ser bem mais louco

E sempre falar mais um pouco

Desses monstros desocupados.

Quem sabe se a justiça ouve,

Onde houve uma voz rouca

De poemas toscos,

Sendo aqui desbravados.

E esses fascínoras presos.

Se houver tanto cadeado.

É muito odioso, e nojento

Falar desses lacaios

Ou lesma-lacraios...

Rojantes ligatorídeos

Monstros desajeitados

Mostrados nos vídeos,

Do nosso lar sagrado...

É pena que, o que se vê

É Jesus, muito mostrado

No mesmo canal de tevê,

Com os porno-enamorados.

Pobres-coitados.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 26/03/2010
Código do texto: T2160815
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