EXILIO

Esta noite ao deixa-la fui chorando de saudades

Porque brigamos e nos maltratamos ainda não sei

Meu coração se apertou as lagrimas rolou contra a minha vontade

Você gritou me implorou mais por egoísmo não voltei

A vi parada atônita desnorteada e arrasada

Eu por bobo segui não voltei atrás na decisão

Sem compreender este pesadelo tão traiçoeiro

Ajoelhada se humilhou pediu suplicou o meu perdão

E eu fui embora com minha paixão sofrida partida

Em um ato de frieza e crueldade não a perdoei

Acreditei no que me falaram pensei estar mentindo

E nossa separação por fofoca perversa foi aplaudida

Tentou me convencer conversar desesperadamente

Não te ouvi nem dei credito a nenhuma só palavra

Afastei-me tranqüilo, passo a passo calmo e friamente

Mesmo quando escutava seu degradar enquanto soluçava

Com o tempo descobri que tudo era mentira para nos separar

Talvez seja tarde para retornar não sei se vai me escutar

Não te esqueço um só momento e aguardo sua ira se acalmar

Sei que nunca mais vai voltar e não posso a culpar

Eu, único responsável, tornei, os meus, e os seus dias mais escuros

A tristeza me dilacera e a angustia alvitre não ter fim

Os dias me maltratam se tornam cada vez mais duros

Neste inferno constante vejo a vida passar diante de mim

Seu amor foi o mais sincero e maior do mundo

Mais extenso que tudo que existe na terra

Mais ascendente que os abismos mais profundos

E neste exílio agonizante a minha vida se encerra

Léu Silva