O grande banquete - Dn5
É próprio de nosso Deus, em Sua misericórdia e sabedoria típicas, deixar rastros em Sua Palavra que validem as muitas doutrinas espalhadas ali. Não é diferente neste caso.
Se em nossa nota anterior comparamos os 7 anos de castigo que se passaram sobre Nabucodonosor (cap. 4), ao ser rebaixado como animal, como um tipo da besta que sobe do mar e depois do abismo ao fim dos tempos, não seria estranho encontrarmos uma ‘dica’ textual anunciando um milênio de paz e prosperidade logo a seguir (cap. 5).
“O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus senhores, e bebeu vinho na presença dos mil” (Daniel 5.1).
Alguém poderá dizer que se trate de mera coincidência, mas os que assim agem, demonstram sua total falta de apreço para com os ‘is e jotas’ divinos. E isto talvez pela falta de leitura constante e séria da Palavra de Deus – viva, poderosa e perfeita.
Este reino consolidado de paz, anunciado por um banquete para mil e tipificado em tom memorial pelo vinho, tem seu valor profético sancionado em outras passagens.
“Teve Salomão uma vinha em Baal-Hamom; entregou-a a uns guardas; e cada um lhe trazia pelo seu fruto mil peças de prata” (Cânticos 8.11).
Não estamos dizendo que Belsazar tenha seu equivalente em Jesus ou Salomão, mas que bênçãos de paz e prosperidade serão a tônica de um reinado milenar implantado, logo após a tribulação, quando os gentios serão seus beneficiários juntamente com o povo judaico. Continuemos.
“Louvai ao Senhor, todos os gentios, e celebrai-o todos os povos. Outra vez diz Isaías: Uma raiz em Jessé haverá, e naquele que se levantar para reger os gentios, os gentios esperarão” (Romanos 15.11-12).
“E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus” (Lucas 22.17-18).
“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Apocalipse 20.6).
Mas nem tudo são flores. Assim como Belsazar e seus mil súditos se corromperam pela glória e facilidades daquele tempo, representando os gentios que ainda participarão das bênçãos prometidas a Israel em seu reino milenar justo e feliz, o mundo de então também se corromperá mesmo experimentando o que toda a humanidade nunca experimentou – obrigando o juízo divino nos 2 casos. Comparemos.
“Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata, que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém... Beberam o vinho, e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira, e de pedra... Naquela noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus” (Daniel 5.2,4,30).
“E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou” (Apocalipse 20.7-9).
Espiritualmente falando, nada que Deus dê ao homem – sob condições específicas ou mesmo gratuitamente – será executado ou recebido na mesma expectativa divina. Sempre faltará algo, o que O levará a alguma forma de julgamento – temporal ou eterna.
“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Coríntios 5.10).
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Findamos os profetas maiores.
Tentamos, nesta longa análise de Gênesis a Daniel, traçar uma linha de pensamento lógica e contínua, mas sobretudo espiritual, quanto aos planos de Deus para toda a raça humana – desde a queda de nossos primeiros pais “até aos tempos da restauração de tudo” (Atos 3.21).
É inegável, para quem estiver atento aos acontecimentos destes quase 4 últimos anos, que o fim se aproxima rapidamente.
Vigie, ore, jejue, confesse, estude a Palavra de Deus, busque... tudo no nome santo de Jesus, Salvador e Senhor!
“Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo.
Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja sujo ainda; e quem é justo, seja justificado ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.
E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse 22.10-12).