Israel e Igreja antes do fim - Jr5
Seguindo o raciocínio do que foi exposto na nota anterior, e se estivermos certos de que o ataque da Rússia ao seu vizinho é o boot ou pontapé inicial do que se ampliará até a invasão de Israel durante a tribulação (e podemos já adiantar que este evento possa se dar em 2 fases – uma nesta era final da Igreja e como uma preparação do que virá na tribulação), podemos entender aquele ataque-castigo de Babilônia sobre Israel no passado como um tipo deste ataque da Rússia para esta era da Igreja e do mundo secular. Jeremias vai alicerçar o assunto.
“E acontecerá que, se alguma nação e reino não servirem o mesmo Nabucodonosor, rei de Babilônia, e não puserem o seu pescoço debaixo do jugo do rei de Babilônia, a essa nação castigarei com espada, e com fome, e com peste, diz o SENHOR, até que a consuma pela sua mão” (27.8).
Assim, havia esperança para Israel e as nações vizinhas se se submetessem ao castigo daquele grande rei e reino. Seriam certamente deportados para lá como castigo, como o foram, mas teriam suas vidas como resgate.
“Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os do cativeiro, os quais fiz transportar de Jerusalém para Babilônia: Edificai casas e habitai-as; e plantai jardins, e comei o seu fruto... Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar” (29.4-5,10).
De um lado, castigo sem misericórdia aos que não se submeteram e insistiram em ficar na terra lutando contra os caldeus – de outro, castigo com misericórdia e vida para os que foram levados cativos e prisioneiros.
Podemos e devemos tirar uma lição singular deste caso. Assim como a vinda daquele grande rei trouxe castigo a todos – uns julgados com morte e destruição e outros com a perda de seu lar em terra estranha – também agora, guardadas as devidas proporções e peculiaridades de cada povo, a Igreja de Jesus Cristo vai passando por 3 castigos tremendos – a peste, a espada e a fome – como comentamos nas notas anteriores.
Os que se submeterem ao Rei dos reis que virá, serão levados cativos para outra pátria para o seu devido julgamento.
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).
“Porque todos [nós, cristãos] devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Co 5.10).
Mas os que não se submeterem (tanto o joio escondido na Igreja quanto o mundo impenitente) àquele Jesus que virá buscar seus eleitos, todos indistintamente ficarão na terra para experimentar o julgamento mais terrível da humanidade.
Assim como aqueles tinham a esperança de retornarem à sua terra após 70 anos de cativeiro, nós também, depois de 7 anos das bodas após nosso arrebatamento, voltaremos com nosso Senhor para o dia da vingança do Todo-Poderoso.
“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça... E estava vestido de veste tingida em sangue; e o nome pelo qual se chama é A Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro” (Ap 19.11-14).
Desnecessário lembrar que Israel voltou para a sua terra que foi dada a eles para sempre, e nós voltaremos para cá no caráter da noiva que está ligada ao Noivo, quem tem o direito de julgar o mundo e os anjos. Aqueles têm e terão uma habitação terrena – nós fomos comprados do mundo para sermos eternamente celestiais.
“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo?...Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida? (1 Co 6.2-3).
Mas continuemos as similaridades.
Assim como Jeremias, e outros tantos profetas anteriores e mesmo contemporâneos a ele, profetizaram durante várias décadas a ruína futura de Israel, há pelo menos 2000 anos a Igreja profetiza da tribulação que assombrará o globo debaixo do poder do anticristo.
E assim como aqueles não creram na mensagem dos profetas, mas se obstinaram em seguir seus próprios caminhos, também agora o mundo que nos cerca, bem como o cristianismo morno em que estamos inseridos, desprezam e desdenham nosso testemunho.
A mensagem de Jeremias não poderia ser mais atual.
“Também vos enviou o Senhor todos os seus servos, os profetas, madrugando e enviando-os, mas vós não escutastes, nem inclinastes os vossos ouvidos para ouvir, quando diziam: Convertei-vos agora cada um do seu mau caminho, e da maldade das suas ações... Porém não me destes ouvidos, diz o Senhor, mas me provocastes à ira com a obra de vossas mãos, para vosso mal” (25.4-7).
Como responde o Senhor dos Exércitos de anjos?!
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer [ou vos enchem de vãs esperanças]; falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós” (23.16-17).
O mal já veio! Quem tem ouvidos...