Reconciliação
Eu sempre vivi das coisas que faziam sentido. Ultimamente, a vida tem me oferecido boas coisas, que não fazem o menor sentido. Meu ex-marido, depois de oito anos, sem contato, me convidou para jantar. Ainda não respondi. Ele me ofereceu além do jantar a opção de irmos assistir a um show na Broadway. Eu ainda não aceitei o convite. Sinceramente, não faz o menor sentido sair com o meu ex-marido. No entanto, aceitar a um convite para assistir a um show na Broadway, não me parece uma ideia ruim. A vida é divertida e irônica. Ela tem batido em minha porta com surpresas estranhas. Eu, como o passar dos anos me tornei uma pessoa tão livre, tão leve e tão distante, que chego a impressionar a mim mesma. É preciso muito contorcionismo para me impactar. Tenho dispensado o ordinário. Aprendi a me dar importância. A vida é única, e a coisa mais importante que eu aprendo é que: “Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar.” Portanto, cada minuto de vida é uma preciosidade. Fazer sentido, nem sempre faz sentido. Desaprender e reaprender a viver é o melhor caminho a seguir.