QUANDO A FAMILIA NÃO SATISFAZ

QUANDO A FAMILIA NÃO SATISFAZ

Para início de conversa, o conceito de família tem sido desfigurado de seus princípios, desde que a combinação de um homem e uma mulher deixaram de ser o padrão. Logo, fora deste contexto não há em como se falar de família, se não, de desajustes comportamentais visando propósitos obscuros – razão do que seja uma família – pai, mãe e filhos. Nem mesmo quando macho e fêmea, quando se propõe em constituir uma família, não tendo filhos ou não adotando uma criança, não terá formado uma família, e sim, apenas uma sociedade (me desculpem os contrários). A instituição “família” é tão antiga quanto a humanidade, um homem e uma mulher unidos pelo amor, cumprindo um propósito procriador, ou seja, indo além do mero prazer, com propósitos espirituais. “Deus, portanto, criou os seres humanos à sua imagem, à imagem de Deus os criou - macho e fêmea os criou. Deus abençoou e lhes ordenou: “Sede férteis e multiplicai-vos!” (Gên. 1.27.28) O caráter procriador do homem vai muito além do pensamento de como sendo de um prazer efêmero, pois que, diferente dos animais, o apego, a amizade a muito transcende. Faz do ato sexual, um culto de doação à vida, e por tal razão, produzindo uma espécie de compensação aos gestos de amor, cujo prazer, cumpre uma satisfação humana no seu espírito, produzindo paz na alma. Essa dualidade dentro do propósito do Criador, faz cumprir dois papeis: um de caráter temporal e, outro de caráter eterno – um homem e uma mulher no auxílio ao projeto de Deus: “povoar a terra”. Assim, não sendo dentro desta linha traçada desde o início da criação, dificilmente a família se satisfará naquilo que se espera – laço consanguíneo, afinidade, pai provedor principal – líder de sua casa, responsável principal, sacerdote do lar – exemplo moral e espiritual; o papel principal da mãe é como ajudadora, aquela que soma, sendo a principal cuidadora dos filhos, que se importa com o marido. Até aqui já devo ter conseguido muitos inimigos com as minhas afirmações. Perdão! sei que estou no mundo, mas não sou deste de mundo, estou de passagem por aqui. Penso que meus iguais devem pensar da mesma forma, uma vez que esta é a realidade de nossa existência. Notadamente, todos nós bem sabemos que muitas “famílias” não se enquadram nesse modelo, problema da modernidade rebelde, influenciada pelo mal que está sempre se opondo ao bem. Diz-se que, a família deve ser reconhecida como núcleo de importância perante a sociedade. Podemos concordar com essa máxima, porém, com as características com que foram determinadas desde o princípio. Todos nós temos consciência de que o insucesso da sociedade é causado a partir do insucesso da família. Filhos mau orientados, raramente darão conta da sua responsabilidade como cidadão – sabendo que todo direito exige também obrigação a cumprir. Ora, se o filho mal começa a entender as coisas, já quer dar ordens sobre tudo que, a seus olhos acha que tem “direito”, desde a comida que deseja, roupas de marca, o tênis de marca... e quando o pai ou mãe quer lhes dar uma correção, tem como resposta: “se me bater, eu ligo para o Conselho Tutelar”. Me reporto de certa ocasião em que, teria que comparecer numa audiência em defesa de um professor de uma Escola no Rio de Janeiro, sob a acusação de um aluno de uma família muito rica. Acusava o professor de agressão a seu filho (ele havia arremessado uma cadeira sobre o professor). Na audiência, as partes frente a frente, mal se olhando, ouviram do delegado: “seu filho tem três oportunidades na vida para aprender: primeiro, o respeito aos pais, depois, o respeito ao professor, hoje está aqui frente ao delegado. Essa é a sua última oportunidade de aprender a respeitar. Fora disso, na próxima vez, já será um marginal. Estão dispensados! Fomos embora. Veja que prevalece a família, a sociedade e o respeito quando vivemos além dos propósitos efêmeros. Deste modo, tudo começa na família – um homem e uma mulher, filhos criados com propósitos bem definidos. Se assim o fizerem encontrarão satisfação na vida, terão construído um legado de amor, respeito, integridade, reflexo do bem, tanto moral quanto espiritual, no agrado do Criador. A união de dois homens, ou a união de duas mulheres, mesmo que adotem crianças, não terão constituído uma família. Serão agregados de conveniência, cujos resultados ainda desconhecidos e pouco estudados. Esse tipo de família não satisfaz, moral, social ou espiritualmente. Se por amor, deve ser segundo o amor de Deus, do modo em que Ele mesmo se expressou: “...foi muito bom...”

09-05-2022